Não vou descrever algo que é indiscritivel, que apenas se sente. E sente-se de várias formas em várias fases. Não afirmo que o amor é eterno, porque o eterno não tem fim à vista, continua para além da morte.
Há no entanto uma conjugação de sentimentos cuja variante pode tomar diferentes formas à medida que o tempo evolui, seja este medido em horas ou dias.
A minha anterior convicção é baseado no facto de que tudo o que nos rodeia é uma constante influência e aqilo que sentimos agora, agora mesmo não é seguramente o que sentiremos na hora sequente.
Vive-se constantemente à procura de algo melhor, diferente, para nos motivar na busca de algo que nos faça sentir que fazemos falta a alguém, ou da falta que lhe fazemos.
Na voragem dos tempos actuais, na incansável correria o tempo escasseia até para fazermos sentir ou dizer a quem amamos algo como: és linda e isso pode e leva vezes demais até à necessidade de haver terceiros numa relaçaõ que devia ser a dois. Culpa da vida será mas verificam-se esbanjamentos de amor em prazers instantâneos, curtos, nadas afinal ou no final.
São trocas feitas sem verificar em qual dois lados da balança está o que perdura até à passagem para a eternidade, vidas desfeitas, por momentos, por milésimos de segundos em que não houve tempo nem vontade pra parar.