Sim essa mesma
A de um beijo
Perco o meu olhar na limpidez do teu, deixo correr por mim o cheiro primaveril da recordação e inebrio-me;
Inebrio-me nas doces recordações do teu sorriso, naquele sorriso que abria o meu mundo de sonhos;
De sonhos em crescente de aspiração ao passar dos anos ao teu lado reconfortado nos teus carinhos;
Carinhos de amiga e companheira, na certeza de minha seres e de ti e a teu lado ser sempre um ser;
Ser maravilhoso imposto ao meu sem imposição, na naturalidade do correr sereno dos tempos;
Tempos idos, passados, recordados agora com magoada saudade, profunda tristeza que a nada conduz;
Conduz apenas ao contar do tempo que corre, como se o tempo atrás dele corresse em velocidade estonteante;
Estonteante das sensações que me invadem o peito, todo o corpo, a vida inteira que resta, quando fugazmente me deixas perder no teu olhar.
Quando o nosso mundo desaba é na lenta agonia dos dias que demoram como séculos a passar, revisitar o passado, é prática comum a qualquer de nós.
Procuramos as boas e as más recordações. Perante as boas sorrimos, tentando reviver o momento. Quando enfrentamos - na memória, claro - as más temos a tendência a procurar a explicação, descobrir a destempo as causas que levaram a tais efeitos.
Eu, como qualquer dos "amigos", "adicionados" ou "adicionaram-me" reajo e comento "causas" aqui expostas.
Perante as memórias dos momentos de felicidade dos "escritores", congratulo-me com as "boas novas" e por aqui nos blogs, há realmente quem saiba escrever.
Perante casos expostos sobre momentos menos bons, sentimentos, desilusões lamento-os e incentivo à luta.
Há porém relexões, declarações de intenção que me merecem especial atenção e que de uma forma velada ou não comento, remetendo-me ao silêncio ou volto ao blog inteiro e se ele tem história, tempo, procuro analisá-la e como qualquer outro "bloguista" faço então o meu comentário.
Talvez por ser "novo" nestas andanças não tenha já relacionado quem conhece quem, embora me pareça que há-de haver quem conheça quem, por via da profissão ou do passa palavra, ou do contacto directo. Perante esses casos não tenho qualquer dúvida de que os comentários tipo: estás mal, muda, força, etc., serão emitidos com conhecimento da causa e logo cada um profere o seu juizo de forma racional.
Há no entanto alguns "amigos" ou dos outros, que sempre incentivam à mudança com comentários tipo " faz o que é melhor para TI, és TU que escolhes.
Se não temos conhecimento profundo do assunto podemos estar a indicar um caminho que outras formas pode ter do que aquela que parece ser no momento, embora não seja cert que o encorajamento aqui deixado não tenha obrigatóriamente força de lei.
Não possuo qualquer doutoramento seja ele em psicologia, em direito ou noutro daqueles que dão direito ao canudo. O meu "doutoramento" é o que resulta da vida vivida, do trabalho como ganha pão. Sem modéstia sou um bom profissional, bom pai, amo os meus filhos, era um bom marido, amo a minha mulher e até sou uma boa pessoa.
Então para que não restem dúvidas quanto ao que escrevo e que mais não é do que uma dúvida, solicito iluminação a quem ler, sobre o facto de quase sempre afirmarmos que a individualidade é mais importante que o colectivo e que a mudança é sempre necesária pese embora o facto de ela acontecer ao ser humano desde o momento em que é gerado, como se isso não bastasse.
Não sou avesso à mudança, mas não a qualquer preço e muito menos por razões de egoismo e egocentrismo e muito menos por inveja. Essa é abominável.