Neste meu espaço aberto, está exposto um livro incompleto......

16
Out 09

 

Vem, sim vem
Encosta-te no meu peito
E conta-me
Conta-me os meus segredos
Os segredos sempre revelados
No espelho azul dos meus olhos
Esse azul a que chamaste mar
Onde sempre te deleitas-te
Em sonhos, disseste tu.
Eu, eu acalmo a respiração
E embalar-te-ei em palavras.
Palavras minhas, de dentro deste mar
Dizendo-te assim:
“É dentro de mim que tu moras”
E ao dizer-te "Amo-te”, significa
Ouvires-me dizer
Para toda minha eternidade
Nos teus gestos,
No teu sorriso,
Na tua voz,
Nas tuas lágrimas mesmo
E sempre que te volte a dizer “Amo-te”, significa
Amo-te naquilo que és!
Sim, é em tudo
No ar que respiras ou simplesmente
Sempre que um pássaro cante,
Ao alvorecer ou ao crepúsculo,
Sempre que tempestade se levante
Ou mesmo que a luz do mundo se acabe,
Encosta-te no meu peito
Revela-me os meus segredos
Porque
“É dentro de mim que tu moras”

24
Ago 09

 

Que sei eu dos teus olhos?
Profundidades onde me perco de forma voluntária
De onde não sei como soltar amarras e não quero
Apenas sorris e perco-me nessa imensidão infinita
Jamais pensei pensar assim, mas o pensamento é volátil
Apenas o amor perdura para além da distância que nos separa
Perdura nas recordações, na imagem gravada em noites de amor
E essas imagens nem o tempo poderá jamais apagar
Mas na pele, na minha pele persiste o teu cheiro
Na minha boca o sabor de ti
E no meu pensamento está presente o momento
Em que partes naquelas viagens em que apenas o corpo fica
No leito, no chão, mas apenas o corpo fica
Enquanto visitas outras galáxias
Não, não fico só porque quando não te sigo ou antecedo ou contigo vou
Eu tenho gravado na memória os contornos do teu corpo
Dos teus seios, do teu colo e pescoço
E mesmo da tua intimidade onde me passeio
E também adivinho que quando parto deixo em ti as marcas do meu ser
E ficas na esperança de que a ausência seja breve
E mesmo que não me chames
Sei que o grito que se soltaria do teu peito seria
Não partas!
Mas eu parto e volto e parto
Certo de deixar ficar cada vez um pouco mais
Como de ti trago um pouco mais, cada vez mais
publicado por noitesemfim às 02:01

01
Ago 09

 

Deixa-me
Deixa-me olhar-te apenas
Que me importam os outros
Quero ver no profundo mar dos teus olhos
Que sempre quis navegar
E sem loucura sentir
A minha alma evoluir
Elevar-se e subir no ar
Chegar em alturas impensáveis
E subitamente descer
Sobre o teu corpo e ai ficar
Ou para sempre morrer

31
Jul 09

 

 

 

Dos teus ombros desviei lentamente
A brancura fresca e alva do lençol
Teus encantos mirei serenamente
Fez-se calor e luz, nasceu o sol
 
Olhei a roupa no chão espalhada
Da tempestade, do vendaval e desejo
Resíduos de ternura atormentada
Que outrora foi e agora desejo
 
Lentamente, me visto, me cubro
Restos dessas noites recordo
Miragens de ti, de nós vislumbro
Antes de à porta sair, eu coro
publicado por noitesemfim às 14:56

 

Em noites de sonhos, voámos
Cingidos ambos, por músculos como aço
A rouca profundidade da distância
De palavras estranguladas
Pelas nossas bocas amordaçadas
Uma na outra
As ondas do ondear revolto
das ondas do teu corpo ora dominado e tão livre
Por vezes vencedor, outras vencido
Era tão rebelde no pequeno espaço consentido
Na angústia renovada de encerrar, cerrar, esmagar
Reluzia tantas vezes uma estrela num abraço
Ternuras deslumbradas e doces, no fundo alegria
De noites de sonhos que pelos teus olhos sorria
E ao romper de madrugada disseste:
Amor meu, já é dia!...
publicado por noitesemfim às 03:10

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