(POR FAVOR DESLIGUE O GENÉRICO DESTE BLOG)
Mãe,
Entreguei-te à terra um dia e contigo foi parte de mim
Outras partes dispersas, por aqui ficaram
Umas, presas nos sorrisos dos filhos meus, netos teus
Outras sós, que vou recolando e sobre as quais me reergo
Mas mãe,
É na tua solidão, daquela em que me deixaste
Que recolho a grata memória do teu puro amor, incondicional
Dessa solidão ressalta a lembrança dum sorriso iluminante
Um gesto mágico, um afago doce como mel, o teu
E há medida que o tempo passa, impiedoso, inexorável
Mais em mim se reacende a recordação que nem o tempo apaga
Mãe,
Eu sei que de ti vou ficando cada vez mais só
Mas como disse há um tempo e este tempo não tem medida
Porque tive o previlégio de ser carne da tua carne, sangue do teu sangue,
Guardo em mim a grata esperança de te reencontrar
Mãe.