É noite
Meu domínio, meu campo de batalha
E nele eu vou chegar,
Quando esta for calada
Chegarei nos braços do vento do sul
Que transporta o calor das terras quentes
Como o meu coração
E o calor que dele emana
Há-de aquecer as noites longas e frias da minha ausência
Assim tu quiseras ser a braseira
Onde arderá este pobre coração cansado
Das eternas viagens em noites sós
É madrugada
Agora vou, preciso correr para os braços de morfeu,
Lugar único onde ainda descanso
Quando estou longe do teu regaço
Esse regaço que foi na noite o meu lar
Um lar de excelsa brancura e brilho eterno
Um universo de mil galáxias,
Estrelas e mundos que ainda não descobri
Por dia ainda não ser tempo
É dia
Reconheço agora nesta luz
Que cada momento em ti
Foi a certeza de descobertas mil
Maravilhas inexploradas e jamais divulgadas
Egoísmo o meu que as quero guardar
No meu coração quente como o vento do sul
Mas não, não estou mais triste
Porque seja noite, madrugada ou dia
Unem-se nossos tempos num só