Amanhã
Seja eu cavaleiro andante
E sim minha odalisca és
E na ternura dos meus braços
Descansas dos movimentos
Das ondas do calor outonal
É neles que esperas sonolenta
O frio da invernia que virá
Como quem deseja a intempérie
Para como num doce regresso a casa
Se aquecer em lume de chama acesa
E quando a chama for brasa
Nela se queimar daquele fogo
Que arde e reacende sem visto ser
Mas que transporta em si
O desejo de ser e de ter
Um lugar onde viver de encantos
De verdes esperanças, como são
De amarelos campos férteis
De altas e alvas brancuras
E até de despidas árvores
Mas sempre em braços de afectos
E em cálidos beijos suaves repousar
E em mil sorrisos afogar
Outras tantas mágoas e queixumes
Afinal, apenas como em berço
Olvidar batalhas travadas
E de guerras perdidas
Cantar vitória sem dôr
Apenas viver, amor