Andei um dia sem rumo
Olhei-me sem nada, tudo tendo
Nada queria, nada importava
Amizades, palavras, sorrisos
Tudo ao vento larguei
Apenas a dor e o desespero
Tomando forma, foram
Correram rios face abaixo
Inundando peito e secando
Quase estéril o coração
De leve batia, mas não parando
Pancadas leves soaram
Ganharam força e ecoam
Repicaram sinos por montes e vales
Renasceram flores e árvores
Que outrora definharam
E agora na distância
Passa o Tempo infindavel
Vão a noites tendo um fim
Ganha a vida som e côr
Acendeu-se uma luz em mim