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Eu tenho amarras, amarras muito profundas e quando uma se parte logo outra toma o seu lugar e assim este navio que serei permanece ancorado por muito tempo, tanto tempo que permite que no seu casco formem lares, os seres que habitam os oceanos onde navego.
Mas num tempo que não é certo, por nunca o tempo o ser, partem-se as amarras e vou vogando ao sabor do vento para noutro mar fundear e novamente ancorar.
Sei que corro o risco de novamente as amarras se tornarem sólidas quase da têmpera do aço e novamente ali permanecer por tempos infindos e tempo é coisa que não me resta pois preciso navegar.
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