Medir o tempo nem sempre será estarmos-nos a referir aos segundos que fazem o minuto ou aos minutos que decorrem numa hora ou às horas que soma um dia e por ai adiante.
Refiro-me à subjectividade que acontecimentos ocorridos em determinada data, emprestam à marcha do tempo.
Decorrem hoje 30 dias ou um mês, como preferirmos, que foi depositado na terra o corpo daquela que me deu o ser.
Este espaço de tempo que o calendário define, é o real, aquele durante o qual já não me foi possivel olhá-la, contemplá-la mesmo. E refiro apenas estes dois contextos, porque a enfermidade de que foi vítima por quase uma década não lhe permitia a ela saber quem era nem onde estava a não ser a espaços muito diminutos.
No entanto para mim a minha mãe estava ali, podia tocar-lhe, chamá-la, rir mesmo para ela.
Agora resta-me a recordação da sua doçura, e tantas outras e incontaveis boas recordações.
E na certeza de que um dia nos reencontraremos digo:
Que descanses em paz mãe.