Perco o meu olhar na limpidez do teu, deixo correr por mim o cheiro primaveril da recordação e inebrio-me;
Inebrio-me nas doces recordações do teu sorriso, naquele sorriso que abria o meu mundo de sonhos;
De sonhos em crescente de aspiração ao passar dos anos ao teu lado reconfortado nos teus carinhos;
Carinhos de amiga e companheira, na certeza de minha seres e de ti e a teu lado ser sempre um ser;
Ser maravilhoso imposto ao meu sem imposição, na naturalidade do correr sereno dos tempos;
Tempos idos, passados, recordados agora com magoada saudade, profunda tristeza que a nada conduz;
Conduz apenas ao contar do tempo que corre, como se o tempo atrás dele corresse em velocidade estonteante;
Estonteante das sensações que me invadem o peito, todo o corpo, a vida inteira que resta, quando fugazmente me deixas perder no teu olhar.